quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Teoria de Quinta

A atitude é mais importante do que o talento

Em quase 10 anos dando aula, conheci muito mais alunos talentosos do que com atitude. Não que o talento esteja brotando por aí em qualquer beira de estrada, o problema é a escassez, a falta de gente com vontade de fazer.

O desinteresse, a preguiça, o “deixo a vida me levar, vida leva eu” parecem pautar o dia-a-dia de cada vez mais pessoas. Não é à-toa, portanto, que quem tem um pouquinho mais de disposição e energia frequentemente esteja alcançando maior sucesso. As empresas preferem quem põe a mão na massa.

É um desperdício gente com talento desprovida de iniciativa. Porque o talento, por si só, é estéril. Já a atitude, mesmo carente de engenhosidade, faz o mundo girar.

Não. Não estou aqui fazendo a apologia dos cabeças-de-bagre empreendedores. Na verdade, romanticamente, minha intenção é despertar nos inteligentes criativos a faísca que os coloque em movimento. Não é tarefa fácil. Mas vou seguir tentando, fazendo em vez de ficar só pensando, pensando...

3 comentários:

Anônimo disse...

Não gosto muito de falar que uma pessoa tem ou não tem talento para qualquer tipo de coisa. Percebo que na maioria das vezes essas pessoas cahmadas de talentosas são na verdade apaixonadas por àquilo que fazem, para algumas podemos dizer que é um quadro de obsessão. Prova disso são os grandes nomes da história em qualquer área: Picasso chegava a pintar de dois a três quadros por dia, Ghandi levou seu ideal até a últimas conseqüências, existem filmes de Jimi Hendrix acordando com a guitarra, levando-a ao banheiro, e muitos outros exemplos que poderíamos citar aqui e que fica um tanto injusto desmerecer o esforço e dedicação para chamá-los simplesmente de talentosos. Lembro de um slogan que criamos que na faculdade e levo comigo até hoje comigo: “envolvimento, capacidade e retorno”. Acredito nisso

Anônimo disse...

Concordo. com o Fábio.
Também não compartilho da idéia de que o talento é para poucos. De que alguém nasce com o dom. Estudiosos do comportamento humano como Skinner são muito claros ao demonstrar que o indíviduo é feito pelo meio e seus estímulos.
Acredito nisso também.

Raul Otuzi disse...

Fábio e Eduardo,

na verdade eu acho que a atitude é para poucos. Talento não.

Também gosto muito, até porque é bem atual, do slogan:
“envolvimento, capacidade e retorno”.

Abraços!