O texto abaixo do Matheus, A construção do discurso, me fez lembrar das 4 etapas do discurso aristotélico na propaganda. Recentemente, foi tema de algumas aulas minhas.
No anúncio acima, que já publiquei no http://www.ehduca.blogspot.com/ (meu antigo blog), as partes descritas pelo Matheus são fáceis de serem identificadas:
1. Introdução (é o título)
2. Argumentação (justifica o título, envolve o leitor)
3. Provas (dá as credenciais do produto, explica seus atributos)
4. Peroração ou epílogo (fecha o raciocínio, chama para a ação)
Confira:
Título: "Uma pessoa que não entende nada se seguro me convenceu a fazer um Itauvida."
Texto: As agências Itaú e o seu corretor de seguros têm todos os argumentos do mundo para convencer você a fazer um Itauvida. Ou melhor, todos menos o mais importante: aquele argumento que chora quando tem fome, que adora um colo quentinho e volta e meia faz pipi na cama.
A gente até pode explicar que fazer um Itauvida dá menos trabalho que trocar uma fralda. Porque dispensa exame médico (basta uma declaração de saúde na proposta), você escolhe a forma de pagamento, mensal ou anual e o débito é automático para os correntistas do Itaú, com todos os valores do seguro atualizados pela TRD. O Itaúvida dá tanta tranqüilidade como um pai cantando Boi da Cara Preta. Porque as garantias são válidas 24 horas por dia em qualquer parte do mundo, além de a indenização não ficar presa a inventários nem responder por eventuais dívidas do segurado. E para esclarecer dúvidas, o SOS Itaú é uma babá de plantão dia e noite. Precisou de ajuda, é só ligar para ele.
A única coisa que nem as agências Itaú nem o seu corretor conseguem, por mais que se esforcem, é receber você com aquele sorriso do seu filho sempre que você chega em casa. E, cá entre nós, você conhece um argumento mais convincente do que esse para fazer um Itaúvida?
Esse anúncio é de 83. Redação: Nizan Guanaes/Renato Konrath. Direção de arte: Tomás Lorente.
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