terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Opa!

Após merecido descanso, de volta a labuta.

Hoje, li em um jornal local uma matéria onde o Papa opinava sobre a união homosexual e o meio ambiente. Em um dos trechos o pontífice disse: "O homem não pode ter a liberdade plena, pois é a imagem de Deus, sua criação".

Como já dizia a música "o Papa é pop e o pop não poupa ninguém".

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O ovo ou a galinha?

Acredito ser anterior a campanha da Almap para a Pepsi. Mas...




Para inspirar sua segunda-feira

Augusto dos Anjos (1884-1914) foi ignorado pela crítica de seu tempo. Se alguma exceção se abriu, foi para reputá-lo como autor de versos aberrantes. Nas décadas seguintes acabou reconhecido como um dos mais originais poetas brasileiros.

Abaixo, dois poemas do grande precursor da moderna poesia brasileira:

Versos íntimos
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

A ideia
De onde ela vem?! De que matéria bruta
Vem essa luz que sobre as nebulosas
Cai de incógnitas criptas misteriosas
Como as estalactites duma gruta?!

Vem da psicogenética e alta luta
Do feixe de moléculas nervosas,
Que, em desintegrações maravilhosas,
Delibera, e depois, quer e executa!

Vem do encéfalo absconso que a constringe,
Chega em seguida às cordas do laringe,
Tísica, tênue, mínima, raquítica ...

Quebra a força centrípeta que a amarra,
Mas, de repente, e quase morta, esbarra
No mulambo da língua paralítica.