Meu Brasil brasileiro

Na última terça-feira, numa discussão filosófica na Universidade de São Paulo, o palestrante tocou num ponto sobre a Grécia antiga que me fez refletir sobre o Brasil.
O cidadão grego era inconcebível fora do ambiente da polis (Cidade Estado). Segundo Aristóteles, fora da polis, o sujeito ou é um Deus ou uma besta.
O sentimento pela pátria era tamanho que o Ateniense preferia morrer a ser exilado e o suicídio era condenável não por razões religiosas ou misericordiosas, mas sim porque estaria prejudicando ao corpo do Estado.
Com as andanças pela Europa, eu e o Rony tivemos a oportunidade de conhecer muitas pessoas. E numa simples conversa percebíamos o quanto a admiração e o respeito a seus países são levados a sério.
Várias campanhas já foram realizadas com o intuito de fomentar a auto-estima e o patriotismo tupiniquim, inclusive uma delas protagonizada pelo Fenômeno, sob os conceitos: "o melhor do Brasil é o brasileiro" e "sou brasileiro e não desisto nunca".



Mas ao que se deve essa falta de patriotismo, principalmente em relação as gerações mais novas? Raul Seixas, na música "Que culpa tem Cabral?", apontava uma possibilidade: "nós não temos história, é uma vida sem vitória, eu duvido que isso vai mudar".
Será mesmo que é por falta de raízes? Ou será uma falta de identidade, visto que somos culturamente conduzidos por outros países?
Um amigo meu dizia que só damos valor àquilo que temos que defender.
Está aberta a discussão!