Por Lucas Otuzi
Nada como um bom filme. Claro, não existem unanimidades, mas o cinema aparece como uma das diversões favoritas das grandes massas. Roteiros bem escritos, atuações emocionantes, fotografia perfeita, enquadramento, figurino, cenografia... ufa, um bom filme parece um quebra-cabeça, onde essas peças se encaixam e formam as obras que nos encantam e inspiram há muito tempo.
Opa, inspiração? Sim, claro! Somos publicitários, criativos, revolucionários (com moderação), temos no cinema uma grande fonte de referências (repita comigo: referência sim, chupada não).
Bons roteiros nascem de boas ideias, a matéria-prima de nosso trabalho. Filmes realmente bons surpreendem, mexem com a nossa imaginação, nos fazem viajar, nos tiram da realidade (nem que seja por alguns preciosos minutos). Grandes concepções visuais deslumbram, derrubam queixos e enchem os olhos. “Uau, que cena, que iluminação, que fotografia”.
Apesar de ser um redator convicto confesso: sou um apaixonado pela estética, pelo visual. A primeira vez que eu assisti “Sin City”, logo na primeira cena, tela em PB, apenas o vestido da personagem em um vermelho profundo... imagine um anúncio com esse cuidado gráfico, com esse bom gosto... uma verdadeira obra de arte comercial.
Ok, voltemos a realidade, muitas vezes (a maioria delas) não temos a menor estrutura para fazer algo de proporções cinematográficas. E eu pergunto: e daí? Será que a nossa criatividade não nos permite captar a essência do cinema e traduzi-la em um anúncio... sem foto, sem orçamento, mas cheio de inspiração? Será que as botas na árvore do “Peixe Grande”, com aquelas cores características, não dariam origem a uma ótima campanha?
E a ideia de colocar uma parte do filme como anime, ou desenho animado japonês, bela sacada de “Kill Bill”, altamente adequado ao tema, criativo, diferente, fora do lugar comum.
Cinema é uma das maiores fontes de inspiração publicitária que eu conheço. Boas ideias fazem belos filmes e grandes campanhas, sem reclamações, cheias de inspiração.
Referências cinematográficas visuais:
Peixe Grande e suas Maravilhosas Histórias (Big Fish) – Tim Burton – 2003
Sin City (Sin City) – Robert Rodriguez – 2005
300 – Zack Snyder – 2006
V de Vingança (V for Vendetta) – James Mc Teigue – 2006
Dogville – Lars Von Trier – 2003
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain – Le fabuleux destin d'Amélie Poulain – Jean-Pierre Jeunet – 2001
Kill Bill – Quentin Tarantino – 2003
O Clã das Adagas Voadoras (House of Flying Daggers – colocar o título original em chinês é sacanagem) – Zhang Yimou – 2004
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
O que inspira no cinema?
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5 comentários:
Nossa cinema inspira sim e muito, sempre fico com um pedacinho de algum na minha cabeça e isso acaba refletindo no trabalho...na vida. O fabuloso destino de Amélie Poulain é um exemplo a fotografia dele é perfeita e já me inspirou muito, mesmo eu não sendo da turma da arte.
O cinema encanta, fascina, comove e nos faz viajar, algumas vezes dentro da fantasia, outras vezes dentro da nossa própria realidade. Amei o filme Peixe Grande e suas Maravilhosas Histórias e recomendo a todos!!
É isso ai. Referência é o que há. Gostei dos filmes listados... menos Dogville. Achei que a estética eh mto boa, mas o roteiro eh bem discutível. Rá! Como se trata de visual, recomendo filmes coreanos. "O Gosto da Vingança", filme noir de Ji-woon Kim é um dos meus preferidos.
Abraço!
Haah, falou de cinema, falou comigo. Já perdi as contas de quantos filmes assisti até hoje e de quantos tenho em casa, muitos ainda por assistir. Cinema encanta e inspira MUITO. A lista de referências está perfeita, mas como você pode deixar Pulp Fiction de fora!? Uma super referência em muitos sentidos, principalmente visual, puta tendência. Mas tá perdoado, colocou Kill Bill então seria sacanagem Mr. Q duas vezes na lista né!? E para o nosso colega Alessandro, sugiro que assista Dogville algumas vezes mais, com certeza você vai passar a gostar, assim como muitos filmes que revemos, tem sempre algo novo que não havíamos percebido na primeira vez que assistimos. Dica de outra referência visual: 2001 - Uma odisséia no espaço.
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