quinta-feira, 13 de agosto de 2009

EBP 2009 - parte 3

Como blogs podem contar grandes histórias para grandes marcas

O que é propaganda?
1- arte servindo ao capitalismo;
2- marketing da interrupção;
3- o preço que as empresas pagam por não serem originais;

Foi com essas três definições que Raphael Vasconcellos, diretor de criação da agênciaclick, começou sua exposição. Citou empresas que não são reféns de propaganda; que não necessitaram dela para construir suas marcas. Os exemplos já estão gastos, mas lá vão dois: Google e Iphone.

Mesmo com toda essa conversa sobre redes sociais, continua valendo a máxima: a melhor ação é ter um bom produto. Além do mais, é preciso pertinência; estão usando de um modo desmedido e gratuito. Por outro lado, não se pode ficar preso a meios, porque a mídia de massa não entrega mais.
Um dado relevante: 8% das vendas do “Linea”, carro da Fiat foram iniciadas pelo blog institucional. Isso mostra que precisamos investir e valorizar os pequenos grupos e as mensagens mais pessoais, mais focadas. Hoje, ou você é o link da mensagem ou conhece alguém que é.

A palestra anterior, conduzida pela VP de planejamento da Fischer America, restringiu-se, basicamente, a estabelecer os limites entre branding e propaganda. Uma pergunta da excelentíssima mediadora Renata Bokel resumiu bem o espírito da palestra e, principalmente, das grandes empresas de comunicação: “Hoje em dia, com o consumidor tendo cada vez mais poder, o que as instituições devem fazer para blindar as suas marcas?”
Blindar, pergunto eu. É! Enquanto a agência dela despejava em nossos programas televisivos fantásticos reclames de uma ou outra marca de cerveja, o Obama incentiva o uso e a aplicação de sua marca em diversas plataformas e ambientes.

Raphael afirmou que o erro está em colocar fronteiras, como nesse caso entre branding e propaganda. Citou a Aple que, com o simples ato de inverter sua logomarca na tampa dos notebooks fez uma grande ação de branding. Citou também o case “Fiat mio” que está sendo desenvolvido pela agênciaclick. Um projeto ambicioso que pretende lançar na feira do automóvel de São Paulo do próximo ano, o primeiro carro feito em Creative Commons, ou seja, “construído” pelos consumidores. Tudo on line.
O Fiat Mio segundo eles: “É um projeto participativo, onde vamos reunir todas as suas ideias sobre o futuro dos carros para criar um imenso bloco. Este bloco será a matéria prima de onde vamos extrair um grande projeto para as próximas gerações”.
Mais em http://www.fiatmio.cc/

Enfim, o que os blogs têm a ensinar às marcas?
O jogo de ping pong. As marcas precisam estabelecer esse diálogo, pois a comunicação de via única não funciona faz tempo.

2 comentários:

horácio disse...

propaganda é o preço que as empresas pagam por nao serem originais.

A mais pura e doída verdade!

Unknown disse...

A Apple faz propaganda em ponto de venda, e nem por isso deixa de ser original.

Esse papo de achincalhar a propaganda tradicional cada vez mais me soa como discurso de publicitário metido à cool, raipado. O que paga o salário do Merigo na Fischer não são as idéias com conceito de engajement, mas sim os filmes e anúncios. Portanto, eu acho que esse radicalismo é burro e hipócrita.