Por Eduardo Cavalheiro – direto do ENLARP 2009, Encontro de Redatores de Publicidade de Paraty
O carioca radicado em São Paulo comanda a área que desenvolve web, mobile, guerrilha e tudo mais que tem cheiro de novo na propaganda, dentro de uma das agências mais inovadoras do Brasil, além de ser professor da Miami Ad School. A expectativa era grande, e o cara correspondeu, dando um show do que foi para muitos a melhor apresentação do evento.
Pedro deu ênfase à mudança (mais recente) de paradigma na propaganda: marcas não se sustentam mais impactando o consumidor, mas construindo relacionamento, e é daí que surge o termo da moda: engajement, que na prática significa envolver as pessoas.
Pedro perguntou a uma platéia com 300 pessoas quem se lembrava de um anúncio que havia visto na última semana? Som de grilo. E o palestrante provoca: se vocês não se lembram, por que diabos acham que as pessoas devem se lembrar?
A tal mudança está na abordagem, ao invés de pensar na pessoa enquanto consumidor, devemos pensar no consumidor enquanto pessoa. Assim, temos um novo processo que consiste em compreender o que é relevante na vida de quem recebe a mensagem, e com base nisso, encontrar canais para interagir e se manter ao lado do que antes chamávamos de “target”.
A mensuração de resultados passa a ganhar uma importância real, e deixa de ser apenas discurso. Agora, comprometimento com o resultado quer dizer “antes de ir para as ruas, sua campanha deve dizer ao cliente o que ela é capaz de fazer, e depois, você deve monitorar cada instante e cumprir o que prometeu, apresentando números e resultados.
Depois da palestra perguntei a ele como isso era possível. “Todas as métricas estão disponíveis na web, o que não faltam são ferramentas, do Google Analytics até um promotor contratado para ser contador de multidão – e listar as pessoas que assistem a uma ação de guerrilha nas ruas.”
Bati palmas de pé quando acabou, e mais do que inspirado, me senti desafiado a seguir nesse negócio chamado propaganda, vislumbrando um mercado mais maduro e interessante, que começa com a inversão de valores no festival de Cannes, onde o leão mais cobiçado não é mais o de Film, é o Titanium.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
O que inspira na palestra de Pedro Porto – diretor de interatividade da Santa Clara Nitro?
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7 comentários:
Ufa!
Que alívio.
Acho que medir tudo é meio utópico. Essas métricas para mim, não são confiáveis.
Então Kelson, o próprio palestrante admitiu que existe uma lacuna nessa questão: descobrir como transformamos o número de acessos e pageviews em vendas.
Mas o fato é que, dentro da web, temos como mensurar a relação do consumidor com a marca, e por associação, quanto mais próxima a marca está do público, mas fácil é para ela comunicar o que deseja. Agora, se isso se reverte em cifras, não dá pra estimar.
De qualquer forma, é uma evolução do modelo anterior, e isso pra mim é o mais importante.
Claro, na web tudo é medido. Mas digo na rua, em eções de guerrilha. Acho que foi em uma palestra de um cara da Fallon que eu vi no CCSP que ele dizia que não poderia garantir qtas pessoas seriam impactadas ao colocar o mini em cima de SUV's americanas. Que não dava pra dizer em termos de números o que isso alcançaria, mas que isso ao contrário dos outdoors normalmente usados era muito mais envolvente. As pessoas que viam a ação fotografavam um carro em cima do outro e isso é o que fazia a diferença.
Concordo com você Kelson. Desculpa, seu nome é Kelson mesmo, ou você é fã do That´s 70 show?
Ter métricas, sejam elas quais forem, é fundamental em uma campanha/ação de comunicação.
Se não, como ser técnico, profissional com o cliente? O que argumentar com ele? "Você vai investir x, mas não sabemos qual o retorno..."
Complicado!
Maurício, e por mais absurdo que isso seja, mensuração de resultados é um mito para a maioria do nosso mercado.
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