segunda-feira, 14 de junho de 2010

Algumas coisas que aprendi com alguns escritores - parte I
















Com Machado de Assis (Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas), aprendi que personagens têm dissabores psicológicos tanto quanto nós, pobres mortais. Aprendi que é possível escrever depois de morto e, principalmente, que não se deve confiar nas mulheres, né, Capitu?















Com Luis Fernando Verissimo (Analista de Bagé, Comédias da Vida Privada), aprendi que a vida observada com ironia é mais salutar e agradável. Aprendi que é uma delícia espiar as pessoas e situações (vem daí meu voyerismo) e que os diálogos é que movimentam a nossa vida. 















Com Fernando Sabino (O Menino no Espelho, Encontro Marcado), aprendi que a infância é rica em significados, que as coisas podem e devem ser mais simples, que devemos ser amigos de nós mesmos e que devemos cultivar outros amigos, mesmo que eles se percam no meio do caminho.















Com Caio Fernando Abreu (Morangos Mofados, Ovelhas Negras), aprendi que a melancolia é parte de nós, e que a angústia, às vezes é bela. Aprendi a ficar com raiva por causa de uma história que não apresentou desfecho algum. Aprendi a ser mais reflexivo e mais alegre, por ser triste.
















Com Paulo Coelho (Brida, O Alquimista), aprendi que o sucesso não depende de escrever bem. Pode acontecer a partir de enredos místicos que beiram a auto-ajuda e de um bom marketing.


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