domingo, 14 de junho de 2009

Programa de índio?

Hoje, passeando pela livraria, deparei-me com um livro que me fez “viajar” num passado recente.
Michelindio, de Helena Perim Costa, aponta os maiores programas de índio que podem acontecer numa viagem. A classificação do guia é feita de uma a cinco penas: quanto maior o programa de índio, mais penas ele ganha. A autora alerta, entre outras coisas, sobre tours que são uma verdadeira furada, visita a locais maravilhosos, mas em época errada, shows típicos de quinta categoria, etc. Em uma das passagens ela fala sobre comidas proibidas.

Alimentação foi um dos principais problemas que o Rony e eu enfrentamos em nossa “jornada” de quase 50 dias pela Europa no início de 2008. Com a grana curta, toda noite ou era miojo ou lanchinho. Numa das poucas vezes que pudemos comer de verdade, nos demos mal. Prestes a pegar o trem para Paris, no último dia em Barcelona, almoçamos num boteco e não deu outra. Perdemos um dia inteiro (do banheiro pra cama, da cama pro banheiro) dos quatro que tínhamos na cidade luz. E o pior: o banheiro era no quarto!

Visitamos 20 cidades no velho continente. Todo o trajeto foi percorrido de trem. Quando a distância era mais longa, optávamos pelo trem noturno, para não perdermos tempo, já que dormíamos no trem. Dormir! Eis o que menos fiz entre Porto e Madri. A cabine, minúscula, “acomodava” seis passageiros, três beliches de cada lado. Fiquei com a cama de cima. Esta era tão estreita que tive que me amarrar com o cinto para não me espatifar no chão. Imóvel, ainda contava com um velhote na cama de baixo que parecia ter engolido um motor, de tanto que roncava (disso o Rony não podia reclamar, já que em tudo que é albergue, reclamavam dele também).

A experiência foi sensacional. Estes foram alguns dos muitos imprevistos que rolaram e contribuíram para tornar a história ainda mais interessante.

Nenhum comentário: