Hoje, passeando pela livraria, deparei-me com um livro que me fez “viajar” num passado recente.
Michelindio, de Helena Perim Costa, aponta os maiores programas de índio que podem acontecer numa viagem. A classificação do guia é feita de uma a cinco penas: quanto maior o programa de índio, mais penas ele ganha. A autora alerta, entre outras coisas, sobre tours que são uma verdadeira furada, visita a locais maravilhosos, mas em época errada, shows típicos de quinta categoria, etc. Em uma das passagens ela fala sobre comidas proibidas.
Visitamos 20 cidades no velho continente. Todo o trajeto foi percorrido de trem. Quando a distância era mais longa, optávamos pelo trem noturno, para não perdermos tempo, já que dormíamos no trem. Dormir! Eis o que menos fiz entre Porto e Madri. A cabine, minúscula, “acomodava” seis passageiros, três beliches de cada lado. Fiquei com a cama de cima. Esta era tão estreita que tive que me amarrar com o cinto para não me espatifar no chão. Imóvel, ainda contava com um velhote na cama de baixo que parecia ter engolido um motor, de tanto que roncava (disso o Rony não podia reclamar, já que em tudo que é albergue, reclamavam dele também).
A experiência foi sensacional. Estes foram alguns dos muitos imprevistos que rolaram e contribuíram para tornar a história ainda mais interessante.
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