Acabei de reler o livro “Intermitências da Morte”, de José Saramago, o primeiro escritor de língua portuguesa a faturar o Prêmio Nobel da Literatura. O enredo é soberbo. Desafia e provoca a imaginação do leitor o tempo todo: um belo dia a morte decide parar de matar. Cansada de ser vista como a grande vilã da humanidade, resolve não mais cumprir a sua nobre e vital missão. Quer dar uma lição em nós, pobres mortais.
O que acontece a partir daí é uma sucessão de pequenas grandes histórias sobre poder, relacionamento familiar, dinheiro. Como as funerárias, os hospitais, os abrigos para idosos poderão sobreviver sem a morte? Hein??
Recheada de ironia, a leitura não é das mais fáceis. Mas não por esse motivo. Saramago usa uma pontuação diferente, principalmente nos diálogos, enxertados no meio do texto, junto com as ponderações do narrador.
Não é fácil. Por isso é bom. Quem não leu leia. Rápido. Não dá para morrer sem.
terça-feira, 22 de julho de 2008
E se a morte parar de matar?
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4 comentários:
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Li esse livro. É BOM MESMO.
Só esperava um final mais surpreendente.
Beijos!
do mesmo Saramago indico o Evangelho segundo Jesus Cristo. Fantástico!
Não li o livro, porém, ao ler o post me recordei de um seriado que assisti na TV e não mais o esqueci. Certamente o seriado não se aprofundou nas questões políticas, focou mais o lado "humano da morte", de ter uma missão pouco reconhecida por aqueles que ainda estão vivos. Se um seriado me levou a questionar tantas coisas corriqueiras, com certeza este título estará em minha lista de leituras. Abraço.
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