A Internet salvou a propaganda da morte
A propaganda é chata. É senso comum. Abusiva e intrusiva, em sua maioria, a propaganda interrompe sem mais nem menos programas de TV, de rádio, matérias de jornal e de revista para divulgar mensagens pouco interessantes, pouco divertidas.
A Internet começou a mudar isso. Ok, o primeiro passo foi o controle remoto da TV, que proporcionou maior liberdade de escolha aos telespectadores. Comercial sem graça? Zap, nele! Hi, fora! Hi, fora! Mas nada se compara ao poder que a internet deu ao consumidor.
Antes passivo e impotente, mero receptor de slogans, de jingles, de “compre aqui, meu produto é melhor e mais barato”, o consumidor literalmente ganhou o controle e passou a ter poder nas mãos. O poder da informação, o poder da opinião.
Graças à Internet, o consumidor agora tem acesso a mundo de conteúdo. E participa, colabora, interage. E toda essa opinião se espalha. A propaganda, com isso, sentiu que precisava se reinventar. As antigas fórmulas de sucesso, o antigo jeito de conversar unilateralmente, não fazem mais sentido para as marcas. Porque hoje os consumidores buscam o diálogo, dão a sua opinião abertamente em sites, blogs, redes sociais ou em comunidades como o Orkut. E desdenham tudo o que é comunicação ruim.
A propaganda ganhou nova vida. O publicitário foi salvo pela internet porque foi desafiado a pensar novamente, foi desafiado a criar novos meios de ganhar o coração das pessoas. Ser publicitário hoje não significa somente ler anuários de propaganda e se alimentar da própria cultura (?) da profissão. É preciso abrir o leque, abrir a kbça, ser mais inteligente. É preciso ser mais artista, entreter e inspirar pessoas.
Bendita, Internet!
Para o meu amigo, Matheus Flandoli.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Teoria de Quinta
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6 comentários:
Belo texto, Raul.
A internet está abrindo os olhos da publicidade. Não só como um veículo excepcional de comunicação, já que, a partir dela, emergiu uma necessidade de mensagens relevantes, pertinentes e, principalmente, com mais conteúdo.
Sim, a internet mudou muita coisa, deu mais liberdade, mais poder pro consumidor. Concordo.
Só não acho que a internet salvou a propaganda da morte. Exagero, Raulzão.
Existe comercial sem graça, sim. Assim como existe pop-up mala, e-lixo-mkt etc.
O importante é a idéia, o conteúdo. Se isso vai nos 30", na página simples, no painel, na mala-direta, nos milhares de novos formatos e possibilidades que a internet trouxe, sei lá.
Como Teoria de Quinta, perfeito.
Abração, Raul.
É a internet cuidando e vigiando a qualidade dos comerciais. Como bem escreveu o raul:
SAIU NO BLUEBUS:
"O comercial é tao irritante que tem comunidade contra ele no Facebook.Um zero vermelho gigante no meio da tela e 11 carros se apresentando para o telespectador - assim é o comercial de uma promoçao da Toyota que está sendo veiculado nos EUA. 'Saved by zero' é o nome da peça que tem provocado posts em blogs e motivado a criaçao de comunidades em redes sociais - sempre com criticas ao comercial. Uma das comunidades no Facebook, com mais de 1,200 membros, leva o nome de 'Stop Playing Toyota's 'Saved by Zero', um pedido para que o filme pare de ser exibido. O comercial é considerado "irritante" e até "de cortar os pulsos". Segundo matéria da AP, uma das causas de tanto incomodo pode ser o fato de que a Toyota exagerou na frequencia com que o filme é veiculado e saturou as transmissoes esportivas do horario nobre das TVs."
Raul, Concordo com o Astrogildo. Achei exagero. O que importa é o conteúdo.
Abraço,
Sem dúvida, é um exagero. Mas é um exagero para fazer pensar, para provocar. No geral, a propaganda está cada vez mais chata, sem relevância. Não é a Internet, por si só, que muda isso. Mas ajuda.
Com informação e com a possibilidade dos consumidores se expressarem muito mais.
Valeu!
Raul Otuzi
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