Esse mandamento está baseado no Princípio da Troca de Valores, que define uma condição fundamental para que as pessoas queiram estabelecer um diálogo profundo e de confiança com uma determinada marca. A regra é muito simples: as pessoas sempre querem algo em troca de sua atenção e dedicação (e querem cada vez mais). Lembre-se: no momento em que sua comunicação for percebida como um serviço – como algo útil e importante na vida de seus consumidores – a sua mensagem atinge uma relevância máxima.
2. Convidar para a participação
A Internet levou a participação a um nível jamais experimentado pelos consumidores e inseriu um quinto “P” nos artigos dos maiores pensamentos de nossa indústria. Ao invés de assistir passivamente, as pessoas aprenderam a usar e a manipular os canais de comunicação. Em outras palavras, os consumidores descobriram o imenso poder da participação e da colaboração e possuem todas as ferramentas necessárias para exercê-lo. Pense sempre nas oportunidades que sua marca tem para se aproveitar dessa tendência irreversível. De que forma ela pode atender a esse desejo de participação de seus consumidores, oferecendo oportunidades para que eles possam interagir e se envolver?
3. Envolver com histórias
Estudos recentes demonstram que aproximadamente um terço das conversas entre duas ou mais pessoas inclui citações de marcas, produtos ou serviços. Pense nisso. Ora estamos reclamando do nosso celular, ora recomendando um restaurante novo, ora falando sobre um produto novo que acabamos de experimentar. Por que trazemos a esse nível tão pessoal a nossa interação com os produtos e serviços que consumimos? A explicação é óbvia: as marcas fazem parte da nossa vida. Lembre-se: estórias valem mais do que features. Comece refletindo sobre aquilo que sua marca tem de interessante e envolvente para contar. Como essas estórias poderiam aumentar o desejo pela marca? Como podemos incentivar para que elas sejam replicadas e ganhem o mundo?
4. Explorar vínculos emocionais
Aprendemos na escola que os serem humanos são os únicos animais racionais desse planeta. Você ainda acredita nisso? Todas as nossas decisões são de alguma forma moldadas ou validadas pelas nossas emoções. Em nossas reações dificilmente ocultamos nossas emoções, pois elas sempre prevalecem, mesmo que instintivamente. Como publicitários e marqueteiros, sabemos que para vender precisamos atingir primeiro o coração, para depois alcançar o cérebro. Dessa forma, vender nada mais é do que capacitar o consumidor a reconhecer o valor emocional daquilo que estamos oferecendo.
5. Recrutar para causas nobres
A preocupação com o próximo, com o meio ambiente e com o futuro tem estado cada vez mais em evidência. Fatos concretos aterrorizam a população e trazem para perto uma realidade que jamais esteve tão próxima: tsunamis, conflitos que reforçam a injustiça e a desigualdade das nações, terrorismo. No meio de todos esses acontecimentos estão as empresas e suas marcas, com a responsabilidade social e ambiental de tornar a vida de seus consumidores melhor. Nesse cenário, recrutar e envolver seus consumidores com causas nobres passa a ser uma oportunidade maior para as empresas, mas que deve ser dominada com muita responsabilidade.
6. Envolver através de polêmicas
Polêmica é muito mais do que uma palavra que carrega risco, divergência e discórdia no seu significado. Polêmica é a arte de causar controvérsias. É um importante ingrediente para estimular disputas. É aquela perspectiva sutil e discordante que gera um debate, que cria uma diferença sobre a qual vale a pena discutir, gritar e até lutar. Buscar insights relacionados a forma como as pessoas recebem, se envolvem e disseminam certas polêmicas sempre foi crucial para marcas, pois polêmicas geram conversas e conversas criam e sustentam marcas. O que vem acontecendo ao longo dos últimos anos – e torna essa categoria de insights ainda mais poderosa – é o crescimento acelerado e irreversível da quantidade e da penetração de plataformas digitais destinadas a estimular, documentar e alastrar essas conversas.
7. Disponibilizar conteúdo diferenciado
... na “Economia da Atenção” o tempo se torna o recurso mais raro e mais caro na vida das pessoas, e a atenção e a dedicação dos consumidores devem ser conquistadas e recompensadas. Disponibilizar conteúdo diferenciado começa com um levantamento de conteúdos relevantes relacionados à sua marca. Um conteúdo pode ser baseado em utilidade, diversão ou educação O importante é saber que um bom conteúdo certamente sempre terá audiência e certamente elevará a relevância de sua mensagem.
8. Levar diversão à vida das pessoas
As mentes das pessoas têm se infestado de preocupações e aborrecimentos na mesma velocidade em que nossa sociedade se torna (ainda) mais complexa. Em meio ao caos, uma grande verdade humana permanece: a de que a alegria continua sendo a cura para todos os males da alma humana. Em um mundo onde a crescente quantidade diária de impactos comerciais a que somos expostos se apresenta como mais um problema, cresce a relevância de marcas, produtos e serviços que trazem diversão para vida das pessoas. Para levar diversão a vida das pessoas pense em como a sua marca e seus produtos poderiam trazer mais alegria e esperança a elas.
9. Gerar experiências de imersão
Em um cenário em que consumidores exercem o protagonismo em massa através da Internet, o compartilhamento de experiências com marcas é absolutamente incontrolável e pode servir tanto para ajudar, quanto para comprometer suas reputações. As experiências podem ser “entregues” em uma atividade de comunicação ou podem ser maximizadas durante o próprio consumo do produto ou do serviço (momento em que o nível de contato com a marca é máximo).. Para gerar experiências de imersão, pense nas formas pelas quais sua marca poderia se aproveitar melhor dos canais e das ferramentas existentes para envolver e transportar seus consumidores para seu universo: eventos, mundos virtuais, ambientes de realidade virtual, vídeos-game, redes sociais, jogos em celulares, filmes interativos na Internet, entre outras.
10. Surpreender sempre
Diferenciação é a palavra de ordem. Isso porque são muitas as oportunidades para atrair consumidores com propostas diferenciadas nesse nosso mercado repleto de marcas invisíveis e de ofertas semelhantes, com pouquíssimas empresas inovando com a assertividade e com a agilidade demandada pelos consumidores. Ser bom, portanto, não é o suficiente para garantir audiência e vendas. É preciso ser surpreendente e inesquecível. Surpreender em comunicação significa entrar no “radar” que as pessoas possuem em suas cabeças, driblando seu desinteresse e promovendo uma resposta para a marca (emocional ou racional) através de estímulos, informações, ocasiões ou atividades inesperadas.