A resposta à sua vida.
Hoje meu texto será mais breve, porém não menos reflexivo.
Pensando em Aristóteles, que concebia o homem como um ser desejante e que almeja a todo instante a felicidade, ocorreu-me trazer os seus conceitos para colocar em xeque o modelo de vida dos nossos dias.
Uma linha de raciocínio é suficiente para exemplificarmos como os valores da nossa época estão distorcidos. Segundo Aristóteles, a meta do homem é a felicidade (em seu sentido profundo). Logo, ela deve ser sempre um fim, nunca um meio. Ninguém diria: eu quero ser feliz para ter muito dinheiro. Diria: quero ter muito dinheiro para ser feliz. Então, desse pressuposto, inicia-se uma covarde surra do Ter sobre o Ser. Para alcançarmos a felicidade, trabalhamos duro a vida toda para ter e ter. Mas o que temos nunca é suficiente e sempre frustrados, sempre querendo mais, a felicidade se afasta de nossas possibilidades até chegarmos ao ponto de acharmos utópico esse estado de espírito.
Eis que no fim da jornada vital, após décadas de labuta, olhamos para trás e perguntamos finalmente a nós mesmos: conseguimos?
Infelizmente, para a grande maioria, a resposta é negativa.
Então reflita. Está valendo a pena? Mesmo que para você a hora da pergunta final esteja distante (como isso é relativo!), comece a pensar na resposta. Aproveite, pois é o percurso que faz a resposta pender ou para o sim ou para o não.
E, ao contrário de um exame ou de uma prova, para essa pergunta, não há recuperação.
segunda-feira, 30 de março de 2009
Filosofia de segunda
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comentários:
Eu acredito que temos que enxergar a felicidade como um meio. Meio de vida. Se for um fim me parece que soa sempre como algo inatingível.
Concordo com o Raul. Mesmo ciente de que na maior parte do tempo não pratico esse estado de felicidade.
Gosto de uma frase que ouvi fazendo referência a Gandhi e tenho o exercício de lembra-la frequentemente:
"não existe caminho para a paz, pois a paz é o caminho"
A felicidade é o objetivo final de todo ser humano. E esse objetivo varia de pessoa para pessoa. Para alguns é o dinheiro, para outros o poder, para outros o amor, a família. Vivemos em busca da felicidade. Portanto, concordo com Aristóteles. A vida, sem ter a felicidade como meta, não faz o menor sentido.
Felicidade, para mim, é viver sem problemas. Se é um fim ou um meio não me interessa. O que me interessa é eu senti-la.
A verdade é que a felicidade é um momento, um estado de espírito. Não adianta esperar que ela seja eterna poir isso é impossível. E nem esperar que ela venha até nós ou que simplesmente aconteça, pois depende só de nós fazer com que ela aconteça e possamos sentir esse momento. Felicidade ou não, quem procura acha!
Postar um comentário