Criança, a alma do negócio.
Semanas atrás publiquei um artigo "a criatividade em cena" que colocava em discussão o dualismo tela (tv/internet) e criatividade. Despois, veio o teaser da agência Abelha Rainha que colocava em xeque a propaganda, sua credibilidade e suas artimanhas. Hoje, me deparei com um interessantíssimo documentário sobre a influência da propaganda (mais especificamente na televisão) sobre a infância.
Eis a sua sinopse:
"Por que meu filho sempre me pede um brinquedo novo? Por que minha filha quer mais uma boneca se ela já tem uma caixa cheia de bonecas? Por que meu filho acha que precisa de mais um tênis? Por que eu comprei maquiagem para minha filha se ela só tem cinco anos? Por que meu filho sofre tanto se ele não tem o último modelo de um celular? Por que eu não consigo dizer não? Ele pede, eu compro e mesmo assim meu filho sempre quer mais. De onde vem este desejo constante de consumo?" Este documentário reflete sobre estas questões e mostra como no Brasil a criança se tornou a alma do negócio para a publicidade. A indústria descobriu que é mais fácil convencer uma criança do que um adulto, então, as crianças são bombardeadas por propagandas que estimulam o consumo e que falam diretamente com elas. O resultado disso é devastador: crianças que, aos cinco anos, já vão à escola totalmente maquiadas e deixaram de brincar de correr por causa de seus saltos altos; que sabem as marcas de todos os celulares mas não sabem o que é uma minhoca; que reconhecem as marcas de todos os salgadinhos mas não sabem os nomes de frutas e legumes. Num jogo desigual e desumano, os anunciantes ficam com o lucro enquanto as crianças arcam com o prejuízo de sua infância encurtada. Contundente, ousado e real, este documentário escancara a perplexidade deste cenário, convidando você a refletir sobre seu papel dentro dele e sobre o futuro da infância.
Abaixo, na íntegra, dividido em 5 partes:
segunda-feira, 16 de março de 2009
Filosofia de segunda
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2 comentários:
Pois é. Crianças brincando de ser adultos e adultos colecionando Toy art, brincando de ser crianças.
Muito interessante e muito triste ao mesmo tempo. De repente nos deparamos com os monstros que podemos ser (rs). Bate aquela nostalgia da nossa própria infância, e é pior ainda quando tentamos encontrar um pouco do que fomos nas crianças de hoje e acabamos perdidos pois elas nada tem a ver com o passado que pudemos aproveitar.
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