Qualquer semelhança não é mera coincidência
“Houve na história uma ‘Idade do Ferro’, que foi precedida de outras superiores (Ouro, Prata, Bronze). Nesta época, a humanidade estava em decadência moral; os homens viviam em lutas e litígios constantes, e a todo o momento provocavam desgraças e injustiças. Zeus, irritado com tanta depravação, resolveu dizimar o gênero humano. Para isso, provocou um dilúvio colossal de forma a que nenhum ser humano sobrevivesse.
Porém, entre os homens, existia um que não merecia tal castigo: Deucalião (e sua esposa Pirra). Ele era um homem justo; ela, uma devota fiel dos deuses. Quando o pai de Deucalião, Prometeu, devido à sua natureza divina, soube da intenção de Zeus, aconselhou-o a construir uma grande embarcação sólida, capaz de resistir à força das águas do Dilúvio.
Deucalião e Pirra ficaram nove dias e nove noites encerrados no grande barco. No décimo dia desembarcam no monte Parnaso. De todas as montanhas, apenas o Parnaso ultrapassa as águas. Ali, Deucalião e sua esposa encontram refúgio. Vendo que não havia outro vivente além desse casal, e lembrando-se de sua vida inofensiva e conduta piedosa, Zeus ordenou aos ventos do norte que afastassem as nuvens e mostrassem o céu à terra e a terra ao céu. Quando as águas desceram, Deucalião e Pirra perguntaram ao oráculo de Delfos como poderiam reconstituir a humanidade. O oráculo disse-lhes: “Atirem os ossos de sua mãe.” Os dois jogaram, então, para de atrás de si pedras, que representam os ossos da mãe Terra. Das pedras lançadas por Deucalião nasceram homens; das pedras lançadas por Pirra nasceram mulheres”
Histórias de Dilúvio encontravam-se presentes em quase todas as civilizações mesopotâmicas (e até nas civilizações pré-colombianas na América). Não é de se espantar a semelhança com a história de Dilúvio Bíblico. A influência judaico-cristã é infinitamente maior sobre nós do que a Grega. Por isso a maioria, seja por desconhecimento, seja por “fé”, dá primazia a Noé. Não é meu intento desacreditar a Bíblia. Apenas faço emergir a necessidade de analisarmos com mais critério o que lemos e tomamos como verdadeiro.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Filosofia de Segunda
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2 comentários:
"Não aceite dogma" Foi o melhor conselho que recebí até hoje, de um professor, e faço questão de cumprir a risca.
vai ver o estagiário deixou a torneira aberta...
ufa!
achei que o tema seria educador x professor!
hahahaha...
sucesso ae, patão!
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