Olha acho que ser co-reponsasável pela degradação do planeta deveria causar não só culpa, mas provocar atitudes diferentes. Mas...da conscientização a sensibilização tem uma distancia grande.
Sim, com certeza Gláucia, distância até no dicionário.
O Eduardo é um fanfarrão, só tá querendo polemizar, rs.
Creio que culpa não seja o termo mais adequado, talvez acomodação. É muito confortável o modo de vida que levamos hj em dia. O aquecimento é fato. Não dá, por exemplo, pra colocar o lixo pra fora do portão de casa e sentar o bundão na poltrona achando que sua casa está limpa, que já fez sua parte. Sua casa é o planeta.
Mas é claro que só discursar não basta. E me incluo nisso.
Não falo para polemizar. É fato. Ligo o ar condicionado sem culpa. Delego as políticas ambientais a quem cabe fazê-las.
Não sou o messias, nem tenho vocação para Chico Mendes. É uma escolha delegar aos competentes que cuidem disso. Por mais alienado e burguês que possa ser.
Independente de opiniões ou extremismos é preciso levar em conta os fatos. E acontece que a atividade humana está causando (desde a revolução industrial) um impacto sem precedentes no planeta. O desastre se arrasta a tempos e agora não tem mais como jogar pra debaixo do tapete ou deixar que tomem decisões por nós. É uma escolha, como o Eduardo bem disse, mas que gera conseqüências pesadas para todos.
Isso que dizer que comer um bife de carne bovina, usar o carro, consumir descartáveis a doidado ou usar o ar-condicionado enquanto o mundo explode são práticas que estão acomodadas em nosso dia-a-dia e que geram um déficit ambiental e social que a natureza e nem a sociedade conseguem absorver. Isso é fato é não “achismo”.
O fator de decisão e mudança está em cada um nós, como no momento em que votamos (e escolhemos alguém para tomar decisões coletivas) e deixamos esse candidato (depois da posse) sem se ser cutucado em seu gabinete, mas principalmente quando consumimos. Tudo uma questão de escolha e ação.
Os Estados Unidos ao não cumprir o protocolo de Kyoto emitem muito mais co-2 do que os sistemas de refrigeração dos escritórios da classe trabalhadora nesse país.
Indústrias farmacêuticas, carvoarias, hospitais particulares da elite, todos são grandes poluidores que tem alvará de um governo que faz vista grossa.
Logo abaixo disso tudo, se encaixa o cidadão médio. Médio esclarecido, médio oprimido, médio capaz de enxergar o macro.
Esse ser mediano, de instrução deficitária e com 0 de consciência sobre sustentabilidade e cidadania, é quem deve racionar sua liberação de Co-2.
* Todo cidadão médio, ainda que sem instrução e consciência ambiental, fica proibido de ultrapassar a cota de 3 peidos por dia. Se tiver comido esfiha do Habib´s, terá direito a um peido extra e um traque.
* Todo cidadão que faz parte da rodinha de universitados que lêem este blog tem o dever de racionar seu ar condicionado, criar e executar um manifesto na porta de um frigorífico, e economizar nas baforadas, sejam elas lícitas, ilícitas ou fruto de uma caminhada puxada na esteira (que deve ser mecânica, e lubrificada com óleo de mamona produzida sem agrotóxicos).
* O vegetarianismo deve ser adotado por razões óbvias: além de ser cul, é economicamente viável, palátavel, e uma ótima desculpa para mandar e-mails para seus amigos com fotos de baleias sacrificadas no golfo da dinamarca.
* Roupas e calçados, só a base de fibras sutentáveis, tipo o canhamo, o hemp e a semente de bracatinho marrom. Mas não podem ser da Adidas, que explora criancinhas na ásia. Tem que ser brazuca, feita no recôncavo ou no bom retiro, que exploram mão de obra infantil brasileira e boliviana.
* Escolha um eco-chato pra chamar de seu exemplo de moral. Eles são perfeitos para te ensinar receitas de coxinha de soja, e te ensinar sobre como parecer um cidadão engajado em mesas de bar e em comunidades da internet.
Aproveito para deixar outra contribuição, já o que Eduardo citou o cidadão médio como o coitado da história. Talvez seja mesmo, pois a classe média é realmente esmagada em seu dia-a-dia, mas é também mais capaz de grandes mudanças ou marasmos históricos (mais do que outras parcelas da população), sendo a segunda opção a característica mais marcante de nossa época e que música abaixo ilustra bem:
16 comentários:
Sim. Deveria me sentir culpado?
Olha acho que ser co-reponsasável pela degradação do planeta deveria causar não só culpa, mas provocar atitudes diferentes.
Mas...da conscientização a sensibilização tem uma distancia grande.
Sim, com certeza Gláucia, distância até no dicionário.
O Eduardo é um fanfarrão, só tá querendo polemizar, rs.
Creio que culpa não seja o termo mais adequado, talvez acomodação.
É muito confortável o modo de vida que levamos hj em dia.
O aquecimento é fato. Não dá, por exemplo, pra colocar o lixo pra fora do portão de casa e sentar o bundão na poltrona achando que sua casa está limpa, que já fez sua parte. Sua casa é o planeta.
Mas é claro que só discursar não basta. E me incluo nisso.
Deixe então um frase para contribuir com o debate:
"seja você a mudança que quer ver no mundo"
Mahatma Gandhi
Abraços
Não falo para polemizar. É fato. Ligo o ar condicionado sem culpa. Delego as políticas ambientais a quem cabe fazê-las.
Não sou o messias, nem tenho vocação para Chico Mendes. É uma escolha delegar aos competentes que cuidem disso. Por mais alienado e burguês que possa ser.
Decepcionamente,
Agora cidadania e consciência é só pra quem tem "vocação".
Tá esquentando, literalmente.
Independente de opiniões ou extremismos é preciso levar em conta os fatos. E acontece que a atividade humana está causando (desde a revolução industrial) um impacto sem precedentes no planeta. O desastre se arrasta a tempos e agora não tem mais como jogar pra debaixo do tapete ou deixar que tomem decisões por nós. É uma escolha, como o Eduardo bem disse, mas que gera conseqüências pesadas para todos.
Isso que dizer que comer um bife de carne bovina, usar o carro, consumir descartáveis a doidado ou usar o ar-condicionado enquanto o mundo explode são práticas que estão acomodadas em nosso dia-a-dia e que geram um déficit ambiental e social que a natureza e nem a sociedade conseguem absorver. Isso é fato é não “achismo”.
O fator de decisão e mudança está em cada um nós, como no momento em que votamos (e escolhemos alguém para tomar decisões coletivas) e deixamos esse candidato (depois da posse) sem se ser cutucado em seu gabinete, mas principalmente quando consumimos. Tudo uma questão de escolha e ação.
Concordo com o IN_Soma
E digo mais ações isoladas contra o meio ambiente um dia voltam contra você.
O vídeo da campanha produzida pela DM9DDB para a WWF Brasil ilustra muito bem isso que estamos discutindo.
Tirar a roupa é o melhor caminho.
As pessoas orfãs da ideologia vermelha, adotaram a ideologia verde como depósito de suas vocações panfletárias.
A cidadania vai muito além da consciência com o meio ambiente.
Ser extremista não é ser cidadão.
Adotar um discurso eco-mala, em tom impositivo, é não tolerar a opinião alheia. Isso vai contra à pratica de cidadania.
O IN_soma é o cara mais engajado nesse tema que já conheci, e nem por isso faz juízo de valores.
Os Estados Unidos ao não cumprir o protocolo de Kyoto emitem muito mais co-2 do que os sistemas de refrigeração dos escritórios da classe trabalhadora nesse país.
Indústrias farmacêuticas, carvoarias, hospitais particulares da elite, todos são grandes poluidores que tem alvará de um governo que faz vista grossa.
Logo abaixo disso tudo, se encaixa o cidadão médio. Médio esclarecido, médio oprimido, médio capaz de enxergar o macro.
Esse ser mediano, de instrução deficitária e com 0 de consciência sobre sustentabilidade e cidadania, é quem deve racionar sua liberação de Co-2.
Protocolo do Ku-oco:
* Todo cidadão médio, ainda que sem instrução e consciência ambiental, fica proibido de ultrapassar a cota de 3 peidos por dia. Se tiver comido esfiha do Habib´s, terá direito a um peido extra e um traque.
* Todo cidadão que faz parte da rodinha de universitados que lêem este blog tem o dever de racionar seu ar condicionado, criar e executar um manifesto na porta de um frigorífico, e economizar nas baforadas, sejam elas lícitas, ilícitas ou fruto de uma caminhada puxada na esteira (que deve ser mecânica, e lubrificada com óleo de mamona produzida sem agrotóxicos).
* O vegetarianismo deve ser adotado por razões óbvias: além de ser cul, é economicamente viável, palátavel, e uma ótima desculpa para mandar e-mails para seus amigos com fotos de baleias sacrificadas no golfo da dinamarca.
* Roupas e calçados, só a base de fibras sutentáveis, tipo o canhamo, o hemp e a semente de bracatinho marrom. Mas não podem ser da Adidas, que explora criancinhas na ásia. Tem que ser brazuca, feita no recôncavo ou no bom retiro, que exploram mão de obra infantil brasileira e boliviana.
* Escolha um eco-chato pra chamar de seu exemplo de moral. Eles são perfeitos para te ensinar receitas de coxinha de soja, e te ensinar sobre como parecer um cidadão engajado em mesas de bar e em comunidades da internet.
Aproveito para deixar outra contribuição, já o que Eduardo citou o cidadão médio como o coitado da história. Talvez seja mesmo, pois a classe média é realmente esmagada em seu dia-a-dia, mas é também mais capaz de grandes mudanças ou marasmos históricos (mais do que outras parcelas da população), sendo a segunda opção a característica mais marcante de nossa época e que música abaixo ilustra bem:
http://www.youtube.com/watch?v=KfTovA3qGCs
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