sexta-feira, 29 de maio de 2009

Consiga um estágio na Abelha Rainha

Faça uma direção de arte caprichada para a letra de música Epitáfio dos Titãs e envie para abelha@abelharainha.com até o dia 18 de junho. Pode ser all type, pode ter imagem, foto ou ilustração. Pode ter uma marca assinando no fim. Ou não. Pode ser do jeito que você quiser, desde que fique bonitão. Os donos dos 7 anúncios mais bacanudos serão entrevistados para uma vaga de estagiário de arte na agência Abelha Rainha.

Epitáfio

Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer
Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe alegria
E a dor que traz no coração
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor
Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr

Com essa foto dá pra vender o quê?


Quais associações criativas essa imagem inspira? Mande sua sugestão. Semana que vem nós publicamos o anúncio original.

Mais anúncios para a companhia elétrica TXU


quinta-feira, 28 de maio de 2009

Com essa foto foi criado um anúncio para...


TXU - companhia elétrica.
Título: "A mãe natureza não funciona em torno de você."
Slogan: "Impeça queimadas. Mantenha a rede elétrica livre."

Agora a melhor ideia, na nossa opinião, foi:

Mude o rumo das coisas, não as coisas que estão no seu rumo.
GREENPEACE.
Criação da Mel. Parabéns, Mel!

É isso, galera. Desculpa aí a demora para postar esse anúncio. Muito trabalho, muito trabalho.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Twittada


A atenção do mundo se volta mais uma vez para a Coreia do Norte.
Tensão. Medo.
Uma possível re-produção de combustível nuclear em território norte-coreano nos deixa sem saber qual o destino da humanidade.
É nessas horas que percebemos como somos ‘nada’.
Como é possível se chegar a tal ponto?

E tem gente que ainda tem medo dos mortos.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Filosofia de segunda

Onde há fumaça há fogo!

Esta conhecida máxima é um exemplo que, apesar de trivial, cumpre bem o papel que aqui lhe cabe: ressaltar como alguns pensamentos se petrificam, entram na “tradição” e passam a fazer parte das nossas vidas. Tornam-se verdades, sem passar pelo questionamento sobre a sua fundamentação. Quantas e quantas vezes não afirmamos “isto aconteceu por causa daquilo”. Mesmo sem saber, estamos fazendo uso de um caro conceito filosófico, o de causalidade, que afirma que todo efeito tem, necessariamente uma causa.

Desde Aristóteles (século V a.C.), a causalidade tem fundamentado vários sistemas filosóficos. Até que, no século XVIII, o pensador David Hume a questiona.

Hume não chega a negar a existência da relação causal. Nega simplesmente que se possa ter conhecimento dessa realidade e atribui ao hábito mental (hábito poderia ser entendido como vício) a afirmação dessa concepção. Dois exemplos: se perguntado por que o sol nascerá amanhã, provavelmente responder-se-ia que ele voltará a nascer porque há milhares de anos, todos os dias isso vem acontecendo. Assim, incorre-se numa falácia (erro no raciocínio ou argumentação), a falácia da falsa causa que considera que um acontecimento é causa do outro simplesmente porque um antecede o outro (ontem aconteceu, hoje aconteceu, amanhã deve acontecer). Outra falácia comum é considerar a causa de um efeito algo que não é sua causa real, por exemplo: ao tomar um remédio à base de erva, o senhor Sebastião, depois de duas semanas, curou-se de um resfriado (isso aconteceria com ou sem remédio).

A causalidade é capaz de produzir uma conexão a ponto de nos dar certeza de que a existência de um objeto foi seguida ou precedida de outra existência. Através dela, afirmamos a existência de objetos que não vemos nem ouvimos. Pegando como exemplo o ditado que intitula esse texto: a relação de causalidade entre fogo e fumaça me faz acreditar que quando vejo a fumaça, deve haver fogo em algum lugar que eu não veja.

Mas não poderia ser neblina ou, até mesmo, uma máquina de fumaça?

A noção de causalidade, como vimos, acontece devido ao hábito. A repetição da seqüência de duas impressões faz que cada uma delas comunique a “vivacidade” de outra idéia e nos leva a crer que a outra também existe. Se a existência de uma é acompanhada pela crença na existência da outra, convencemo-nos de que uma não pode existir sem a outra. Convencemo-nos de que entre elas há uma conexão necessária.

A relação causal é intuída, não é captada imediatamente (sem mediação).
Essa tese é evidente para os objetos que conhecemos pela primeira vez: “Adão, ainda que tivesse sua racionalidade totalmente desenvolvida, não poderia ter inferido da fluidez e da transparência da água que esta o poderia afogar”. Nem mesmo para os objetos que já conhecemos experimentamos a ação causal: quem poderia intuir o poder nutritivo de um pão? Os sentidos nos informam sobre algumas de suas propriedades (cor, sabor, peso, aroma), mas se nos fosse dado outro corpo semelhante, desprovido de nutrientes, certamente não perceberíamos.

O intuito desse artigo não é que entendamos perfeitamente a lei de causalidade. Esta foi utilizada como pano de fundo para fomentar a nossa reflexão, para que coloquemos em xeque tudo o que temos como verdade absoluta.

Às vezes temos que agir como Descartes que, para iniciar seu sistema filosófico “destruiu o edifício do saber” e começou do zero, desde o alicerce.

Precisamos nos despir de certos conceitos e preconceitos e esvaziar o nosso copo do saber para que possamos enchê-lo com água cada vez mais límpida.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Curtinha

"Você é totalmente livre, para fazer o que quiser, desde que nunca faça uso do próximo como meio, mas sim o contemple como fim"

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Com essa foto dá pra vender o quê?


Quais associações criativas essa imagem inspira? Mande sua sugestão. Segunda-feira nós publicamos o anúncio original.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

E se o seu time fosse uma banda?

Buenas pessoal. Recebi um interessante e-mail de um amigo e resolvi compartilhar aqui com vocês.

Se o seu time fosse uma banda, que banda seria?

Grêmio = Sepultura
Um de nossos sucessos internacionais. Mas na terra do molejo e do samba faceiro, muitos acham que eles pegam pesado demais.

Corinthians = Michael Jackson
Um dos mais populares da história, envolveu-se em escândalos e até mudou de cor. Têm apostado em criancinhas como Lulinha e Dentinho.

Palmeiras = Aerosmith
A banda tem enorme tempo de estrada. Mas suas músicas só atingem o estrelato quando faz alguma parceria.

São Paulo = Queen
Já foi eleita a melhor do mundo algumas vezes e um dos seus integrantes é assumidamente homossexual.

Santos = Beatles
Nos anos 60, não tinha pra ninguém. Só que até hoje é lembrado no mundo inteiro pelos sucessos de 40 anos atrás.

Vasco = Oasis
Banda de qualidade e importância inquestionáveis. Todo mundo quer gostar dela quando ouve, mas a imagem do ex-líder faz muita gente ainda sentir aversão.

Internacional = Led Zeppelin
Reinou nos anos 70 e morreu nos 80. Seus líderes conseguiram juntar os cacos e voltar nos anos 2000, com uma inesquecível turnê mundial.

Fluminense = Titãs
Banda charmosa e simpática e, no Brasil, é querida por muitos. O problema é que ninguém nunca ouviu falar fora de nossas fronteiras.

Botafogo = Rolling Stones
Seria o maior da década de 60 se não houvesse um rival mais popular. Teve seu Satisfaction em Garrincha. Há alguns anos retomou o rumo e está feliz da vida.

Cruzeiro = Paralamas do Sucesso
Na América do Sul é respeitado e campeão de vendas. Mas quando participa de um festival com bandas européias é café com leite.

Flamengo = Jorge Ben Jor
Há muito tempo não produz um grande sucesso. Mas é incrível como segue popular e nunca sai da moda.

Coritiba = Banda Blitz & Evandro Mesquita
Um raro sucesso nos anos 80, que os seus fãs ainda cantam nos dias atuais, por falta de outras músicas boas.

Ponte Preta & Guarani = Chitãozinho e Xororó
Quando apareceram ganharam muitos fãs pelo Brasil, viraram febre, mas nunca foram unanimidade. Depois de um tempo, e de tantas imitações, se relegaram aos seus poucos fãs do interior.

Goiás = Leonardo
Tomou espaço de outros similares, e vez ou outra emplaca um sucesso, mas nunca chegando ao topo como seus inspiradores.

América-RJ = Erasmo Carlos
Parceiro na panela Jovem (RJ) da década de 60, hoje em dia vive só de nome e de lembranças dos saudosistas e dos poucos fãs malucos que são diretores de TV.

Remo = Calypso
Orgulho do Pará. Só do Pará.

Atlético Paranaense = Amy Winehouse
Já foi muito badalada e considerada a estrela mais promissora dos últimos tempos. Mas atualmente é boçal, desperta ódio em todos e está para morrer a qualquer momento.

Paraná Clube = Los Hermanos
Seus poucos fãs juram que a banda é muito boa. Mas, fora eles, ninguém mais no mundo sabe que ela existe.

Design vende. Até cadeado pode inovar no visual e ficar mais atraente


Papaiz inovou e lançou a Linha de Cadeados Fashion. Em vez daquele ar sóbrio, estampas e cor. Veja mais: http://www.novidadepapaiz.com.br/


No desfile da estilista e ilustradora Fábia Bercsek, no SPFW Verão 2009, as pessoas se surpreenderam com os Cadeados Papaiz em suas roupas.
Uma mistura de modernidade e romantismo.


Essa aposta para um visual descolado e cheio de atitude tem ganhado as ruas e evidenciado personalidade distintas.

Se até o cadeados podem se abrir para inovações, por que a gente não inova mais??

terça-feira, 19 de maio de 2009

Mais anúncios para a lingerie K-Lynn


Com essa foto a JWT de Dubai vendeu...


O óbvio: Lingerie K-Lynn. Conceito: "2nd skin underwear."

Agora as melhores ideias, na nossa opinião, foram:

"Depois do presente dele, vem o presente dos dois".
Para motel.
Criação do Geraldo Franca. Parabéns, Geraldo.

"O que realmente importa em uma calcinha não é o lacinho."
Academia Curves, especialista na modelagem de corpos femininos.
Criação do Viscerebral. Valeu, Viscerebral.

“Hope Confort Line. Calcinhas realmente confortáveis.”
Criação do Iuri Castelo. Boa, Iuri.

Valeu a todos que participaram. Quarta-feira tem outra imagem.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

armadilha lógica

Beltrano nasceu no Brasil e jura de pé junto que todos os brasileiros são mentirosos.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Com essa foto dá pra vender o quê?


Quais associações criativas essa imagem inspira? Mande sua sugestão. Segunda-feira nós publicamos o anúncio original.

terça-feira, 12 de maio de 2009

A salvação dos ricos


Em mais uma semana de escândalo na política (caso zogbi), assunto habitual assim como tiroteio no rio ou sequestro em são paulo, chega ao Brasil uma promessa que pretende 'revolucionar' a vida dos ricos e famosos (nem vou dormir esta noite): o elysiants.

Trata-se de uma rede social de luxo, onde só pessoas vips podem fazer parte.

Segundo o criador da rede, houve um tempo em que o bacana era colecionar centenas de amigos em redes sociais como Orkut e Facebook, mesmo sem conhecer metade deles. Hoje a tendência entre esse tipo de público é ser cada vez mais seletivo.

A festa de lançamento será hoje em São Paulo com a presença de 600 'celebridades' convidadas.

E você, recebeu o convite?

Estômago. Um filme delicioso


Desde que li uma reportagem sobre esse filme eu fiquei louco para assisti-lo.

Ontem finalmente foi o dia.

Sensacional.

A história gira em torno de um cara simples que muda para a cidade grande em busca de uma vida melhor.

Por causa do seu talento culinário ele consegue muito mais do que imaginava.

A trama é paralela, mistura muito bem cenas de passado e futuro, restaurante e prisão, poder e sexo.

O filme ganhou 4 troféus Oscarito no Grande Prêmio Cinema Brasil: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Babu Santana) e Melhor Roteiro Original.

Quem dirigiu foi o curitibano Marcos Jorge. Ele diz no site oficial do filme http://www.estomagoofilme.com.br/:

"Em geral, os filmes gastronômicos falam de “alta” cozinha.

Basta lembrar de “Vatel”, “Como Água para Chocolate”, “Simplesmente Martha”, ou “A Festa de Babette”.

Mesmo “O Cozinheiro, O Ladrão, Sua Mulher e o Amante” aborda o tema a partir de um restaurante fino.

No Estômago, o que queríamos era mostrar a beleza dos pratos populares, e a preparação deles em ambientes, como freqüentemente acontece, precários.

Mesmo assim, queríamos que o filme deixasse o público com fome."

Para quem, como eu, aprecia culinária e gosta de um roteiro bem encadeado é um prato cheio.

Mais anúncios para a lanterna maglite


segunda-feira, 11 de maio de 2009

Com essa foto a Leagas Delaney de Hamburgo desvendeu...


Solitaire. A mais fina maglite (lanterna) do mundo.

Simplesmente lamentável.

Como uma agência propõe um anúncio desses??

Como uma marca assina um anúncio desses??

É por essas e outras que a velha propaganda exagerada, que faz tudo para chamar a atenção, vem perdendo a credibilidade.

Nada de ousado.

Apenas perigoso e irresponsável.

É Show!

Show do "The Killers" no EMA 2008. Pra quem já viu, vale a pena rever.

Twittada

No bluebus - Em pleno Dia das Mães, a operadora de telefonia móvel Tim enviou um torpedo promocional para sua clientela, incluindo várias mães, que encerrava com a seguinte sugestão: "Faça novos amigos no Chat e encontre um grande amor no Cupido."

Bela 'homenagem' hein?

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Sexta poltrona

Freud, além da alma




Escrito por ninguém menos que o filósofo existencialista Jean-Paul Sartre, o filme faz um recorte da vida do pai da psicanálise, cobre o período desde que ele se graduou no curso de Medicina na Universidade de Viena até a formulação da sexualidade infantil.

A viagem de Freud a Paris, para estudar com Jean-Martin Charcot, que era o maior estudioso da histeria à época, foi determinante para a descoberta da psicanálise. Charcot demonstrou que a histeria não era fruto de bruxaria, mas sim de origem psíquica. A partir de então, Freud começou a hipnotizar seus pacientes histéricos, juntamente com Breuer, obtendo resultados expressivos.

Outra virtude do longa metragem foi a de inter-relacionar a vida pessoal de Freud com as suas descobertas. O conceito de complexo de Édipo foi extraído da obra "Édipo rei", de Sófocles, que Freud conhecia desde a sua infância. Mas, o amor que ele nutria pela mãe e o desejo de matar o pai para poder usufruir com exclusividade do carinho materno, foi essencial para a construção da sua teoria da sexualidade infantil.

Ao final do filme, ao expor sua tese para os colegas, Freud é ridicularizado, inclusive por seu mestre e amigo Breuer.

A história vem provando-nos que Freud, muito mais que motivo de riso, é motivo de aplauso.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Novidade digital na terra do tio sam


A Amazon (gigante americana do varejo virtual) acaba de lançar a nova versão do Kindle DX. Um leitor eletrônico que promete revolucionar a leitura de jornais, revistas, livros e até mesmo blogs.
Com tela de aproximadamente 25 cm (duas vezes maior que a versão anterior lançada em 2007), o Kindle DX ainda conta com um teclado qwerty completo para anotações, resolução de 1200 x 824 com 16 tons de cinza e 3,3 GB de memória, o suficiente para armazenar 3500 livros.
Além disso, permite que o usuário rotacione a imagem para visualizar o conteúdo na horizontal ou vertical, possui leitor PDF e os documentos podem ser baixados diretamente de uma rede 3G, enviados por email ou conexão USB.
Com o Kindle DX os jornais esperam atingir milhões de leitores em todo o mundo.
Nos EUA o aparelho está em pré-venda, comercializado a US$ 489.
Não há previsões de quando chegará por aqui.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Com essa foto dá pra vender o quê?


Quais associações criativas essa imagem inspira? Mande sua sugestão. Segunda-feira nós publicamos o anúncio original.

Mais anúncios da campanha para Telefônica


Comparação incomparável


Fato: amor de mãe é incomparável.
Agora, fazer uso de uma comparação para comunicar isso é de uma genialidade monstra.
Bônus: reticências no título.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Com essa foto a Young & Rubicam, Argentina, vendeu...


Telefônica. Conceito: As tarifas mais baixas de chamada para o Japão e Escócia.

Agora as duas ideias mais criativas, na nossa opinião, foram:

De exótico já basta você. Use o básico. Hering.
Criação da Barbara. Boa, Barbara.

Nova Linha Niely Gold. Transforma.
Criação do Maurício. Valeu, Maurício.

Amanhã tem outra imagem. Até lá.

Twittada

Destaque de hoje no portal globo.com "Presidente Lula sobrevoa área alagada no Piauí".

Esse acontecimento serviu para levantarmos uma discussão: cadê a mobilização nacional em prol das vítimas nordestinas? Será que se fosse no sul (como santa catarina) já estaríamos sensibilizados?

Curtinhas

"Às vezes, o ter que fazer é mais desgastante do que o fazer"

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Filosofia de segunda

Filosofia e ciência

Do seu surgimento no século V a.C., com Tales, na Grécia, até o século XVI, a filosofia teve o ambicioso caráter de explorar as possibilidades do conhecimento. Todas as possibilidades do homem.
Ciências como física, química, biologia, história, política, ética, oratória, persuasão, etc., eram temas estritamente filosóficos. Um exemplo elucidativo é Aristóteles, cujo sistema abrangeu desde a análise da anatomia dos insetos, passando pelo estudo dos corpos celestes e culminando na Metafísica, que trata de conceitos complexos do SER.
Assim como se deu no surgimento da filosofia - passagem das narrações míticas para o especular racional - o cenário no século XVI começou a se transformar com a necessidade de um novo método de estudo.
Com descobertas importantes como a luneta, por exemplo, a física aristotélica não se sustentava mais em confronto com a experiência. Muitas teses, petrificadas por toda a antiguidade e medievalidade, são solapadas pela especulação moderna.
Nascia a Revolução Científica. Galileu e Descartes são nomes importantes desse período.
O projeto agora era o de domínio do homem sobre a natureza. E para se chegar a uma ciência capaz de dominar a natureza, era preciso seguir procedimentos diferentes dos teorizados na lógica aristotélica. Agora o saber tem que ser útil, um saber para poder.

Em certa passagem, Galileu cita textualmente: necessitamos de “novos preceitos de arquitetura para construir o edifício do saber.”
A ciência dos antigos, puramente contemplativa é estéril. É necessária uma nova ciência, orientada para a prática.
Com esses preceitos, Galileu concentrava-se apenas no que antes chamaríamos de ‘filosofia da natureza’, sem pretensões metafísicas. Para ele, os dados quantitativos são mais relevantes do que os qualitativos. Vislumbrava a possibilidade da plena inteligibilidade da natureza mediante a linguagem matemática. Surge o “cientista”.
Eis a origem da racionalidade técnica que, mais tarde, suscitaria sérios problemas para a humanidade, como a exploração desenfreada dos elementos naturais, e o “utilitarismo” intelectual que, em certo sentido, contribui para o atrofiamento do pensar.

Filosofia e ciência estão separadas desde então. E a cisão é cada vez mais eminente. Primeiro, as ciências “exatas” e "biológicas" se desgarraram da mãe. Mais tarde, no século XIX, com o surgimento das ciências “humanas” áreas como psicologia, ciências sociais, ciências políticas e antropologia se desmembraram. A própria filosofia se fragmentou. Filosofia da linguagem, filosofia da mente e filosofia da ciência são exemplos claros.

Seja como for, a filosofia (como um todo) ainda tem muita relevância e um campo vasto de atuação. Ela é o ponto de partida de qualquer ciência, já que se ocupa da generalidade. Uma tese filosófica tem que ser universal; aplicável ao todo. A ciência, ao contrário, se preocupa com o particular. Cria áreas do conhecimento que tratam determinados problemas de modo mais especializado. É o recorte das teses gerais da filosofia, pois trabalha com os casos que fogem da generalidade, confrontando-os com a experiência.