Por Rony Neves
Um projeto iniciado há 9 anos por Alfonso Ballestero, Doutor em Poéticas Visuais e Mestre em Artes pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, que propõe um percurso sensorial de esculturas, com o objetivo de ultrapassar os limites da simples observação visual, instigando a contemplação poética por outros sentidos.
Ultrapassando as fronteiras do ver, este projeto possibilita a acessibilidade de pessoas com limitações visuais no contexto das artes plásticas e valoriza uma visão holística dos seres humanos.
Produzidas em diversos materiais, as esculturas cuja poética nos remete às formas orgânicas e sensuais, espelhadas pela cor branca - somatória de todas as cores, proporcionam uma experiência estética diferenciada, que conduz o público por meio das diferentes percepções a múltiplas sensações reveladas pelo imaginário único e especial de cada ser.
Em um rápido bate-papo, Alfonso se diz muito satisfeito por perceber que o público está entendendo a mensagem transmitida por ele através das obras e nos revela uma declaração que muito o marcou, feita por uma pessoa com limitações visuais após contato com as esculturas: “Você tem a percepção de ver com os olhos e eu com os dedos, e chegamos ao mesmo lugar”.
Indagado sobre o que o inspirou a realizar este projeto, Alfonso nos diz: “A necessidade de fazer uma obra de arte verdadeiramente universal”.
O projeto Movimento em Branco está em exposição no Sesc São Carlos (www.sescsp.org.br) até 22 de junho.
2 comentários:
Achei muito interessante este projeto principalmente porque pode ser visto ou melhor sentido por pessoas com dificuldades visuais. Pena que moro no Rio e não posso vê-lo pessoalmente. Maritza
De olhos fechados nos somos o artista, pois recriamos a obra a nossa maneira. A artesã é a própria imaginação.
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