Não sei se por implicação legal ou não, o fato é que nas últimas semanas as companhias cervejeiras mudaram o tom do aviso em relação à trágica combinação entre álcool e volante.
A análise que quero propor à discussão é estritamente da linguagem, sequer resvala na legalidade.
Até pouco tempo, o aviso era “Se for beber, não dirija”, que colocava a condição (se) no ato de beber. Já no aviso que está encerrando os comerciais mais recentes“ Se for dirigir, não beba”, ao contrário, a condição está no ato de dirigir, ou seja, se, por acaso, você for dirigir, não beba.
Acredito que, publicitarimante, a sentença agora tenha mais força, pois pressupõe que sem dirigir podemos ficar, mas sem beber, jamais.
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Beber ou dirigir, eis a questão.
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3 comentários:
A sentença se atualizou a uma nova realidade, em que o consumo de alcool avança de maneira irremediável.
Não tenho dúvidas, entre “se for beber, não dirija” e "se for dirigir, não beba”, a mensagem mais contundente é a última.
É a mais contundente, mas bem pouco persuasiva.
Não acredito nem em uma, nem em outra como forma de alertar para o consumo responsável de álcool.
Aí mudamos o foco da questão.
Até que ponto uma assinatura é realmente eficaz para cumprir este propósito?
Acredito que esta eficácia é possível quando inserida em um contexto muito maior.
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