terça-feira, 20 de abril de 2010

Precisamos de métricas mais confiáveis, ah, precisamos

Desde a época em que eu era aluno (e olha lá, lá se vão mais de 20 anos!), a propaganda vivia sendo fragilizada por conta da falta de garantia de retorno do investimento do cliente. Falta de garantia? Sim, claro, quem poderia com absoluta certeza precisar a quantidade de pessoas atingidas por determinada peça? E mesmo se pudesse saber com exatidão o número de gente impactada como saber que essa gente tomaria uma atitude favorável de compra?

Bem, as coisas evoluíram muito em 20 anos. Surgiram novas ferramentas de mídia, mais investimento em pesquisa e assim a propaganda ficou mais objetiva e científica: "estamos atingindo 12 milhões, setecentos e vinte e seis mil pessoas com 400 GRP e frequência média de 3,3 exposições, o que nos dá segurança de dizer que 412 pessoas irão para a sua loja e farão uma compra média de R$ 192,30. Bom, né?"

Bom seria se fosse verdade. Acontece que as coisas não evoluíram a tal ponto. Pelo contrário, o panorama de caos e falta de certeza sobre retorno ficou maior com a chegada de novas mídias, redes sociais e o escambau. Todos (anunciantes, veículos, publicitários) estão imensamente preocupados com essa mídia mais complicada e fragmentada.

Como atingir meu público-alvo? Como atingir meu público-alvo? Esse mantra ecoa por todo o lugar. Junto com outro, tão repetitivo quanto: Precisamos de métricas mais confiáveis, precisamos, ah, precisamos. De métricas mais confiáveis, entende?

Enquanto isso cada vez menos gente assiste TV.

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